terça-feira, 30 de agosto de 2011

não sei dar títulos.


Não consigo mais escrever como antes, nem dizer, nem gritar, nem chorar. Faço coisas repetidas, digo as mesmas histórias, reclamo dos mesmos erros que, por sinal, eu também cometo. Vai passando os dias e eu vou me tornando cada vez mais igual à massa. Niilismo fútil, o acumulo desejos não realizados, fracassos que só existem dentro da minha cabeça. É como se ao tirar o medo do amanhã não me restasse nada. Amo tanto, digo tanto, sofro tanto por que tenho medo de ser vazia.
Agora eu tenho preguiça das pessoas, preguiça de mim. Se A de comportasse de tal maneira, eu continuaria amando-a para todo o sempre, escreveria um daqueles romances melosos típicos de novelas mexicanas, gritaria aos quatro cantos do mundo que eu sou mesmo exagerada e por você eu largo tudo, carreira, dinheiro e canudo. Mas, A não é vazia como as outras pessoas: A não me deixa formular em cima dela o que eu quero que minha imaginação crie, então, eu me decepciono. Eu tenho necessidade de amar, nunca disse, mas tenho. Não quero explicar, também.
Ando sentindo uma náusea fora do normal, falar com certas pessoas me dá uma ânsia de vômito maior do que escovar a língua bêbada. Me sinto suja, às vezes. Mas é uma sujeira interior, uma sujeira que não importa tantos banhos eu tome, ela vai continuar lá. Peguei algumas manias de A, essas que ela não sabe: agora lavo as mãos toda hora, agora uso teu vocabulário. Tem tantas coisas que ela não sabe sobre mim, que sinto que aquela ligação mais do que iônica que tínhamos se rompeu. Não quero falar de A, resolvi que todas as pessoas que eu citar comportamentos aqui irei nomear com uma letra, só para ninguém vir me dizer que eu fico distribuindo indiretas como água. Cansei de criar blogs privados.
Acho desnecessário as pessoas que acham que o mundo gira em torno delas ao ponto de qualquer textinho vagabundo sem poesia foi feito para machucar. bem, como disse: não quero mais falar de A, na verdade, nem quero mais falar de nada.

domingo, 28 de agosto de 2011

não consigo escrever por que fico o tempo todo querendo que o texto fique bonito demais.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Clichê Moderno.


Nunca deixei saberem dos meus vazios
Dos espaços em branco do exíguo da minha mente
A solidão é um prato cheio para minha dor
Aprendi desde cedo que tirar amor nos versos
É sinal de fraqueza.

Aprendi com o mundo que sonhos são irreais
No denso instante em que parei de sonhar.

Minha angústia descrevo em palavras
Que timbro com sentimentos imaginários
Tentando passar para quem sente
Lê minhas utopias e mente
Conseguir entrar em meu mundo
E compreender meu pecado.

Tachado de calores capricornianos
Vou buscando a luz que me consuma
Em estradas onde sobreviventes engolem a fé
De quem ainda acorda
Para descansar nos braços santos
Que nunca os acolhem como o combinado.

Busco principalmente a poesia
De poeta otário
Que cansou de ser sozinha
Pois é clichê poeta ser só triste
E solitário.  

Quem mente dizendo o que sente
Perde a risca do que realmente é errado.
- E sabe.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

- Se naquela época você tivesse me dito que amor dá em árvore e tivesse plantado uma no meu quintal eu estaria regando até hoje.

domingo, 10 de julho de 2011

Se faz de turista.

Pensei tanto em você
Por não ter no que pensar
Quis um tanto te ver
E poder te abraçar
Mas ao lembrar-me do sofrer
Chorar onde você não está
Quis meu pranto adormecer
E de meu amor te exilar.

Faz tanto tempo que não beijo
Tua boca adocicada
Sinto falta dos teus seios
Das conversas de madrugada
Um abraço apertado
Promessas não compridas
Você foi embora
Me deixou sem dar na vista.

Fiquei com o coração na mão
Sem ter para quem entregar
Todo essa minha dor
Que tentei te demonstrar
Com meu carinho fortemente
Exagerada como sou
Mas você se desfez
Do meu sofrer
Do meu amor.

Garota Interrompida.

"E o quê teria dito a ela? 
 Eu nao sei, que sentia muito que não sabia como era a vida dela, mas que sabia como era querer morrer, sabia como dói sorrir quando você tenta se ajustar e não consegue, como você se fere por fora tentando matar o que tem dentro..."